Fotos publicadas em uma rede social chocaram internautas e delegada.
Nas imagens, alunos do Ensino Médio 'brincam' com partes de gatos mortos.
A Polícia Civil abriu inquérito para investigar denúncia de maus-tratos a animais durante aulas no Colégio Luterano Concórdia, em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre. Fotos de uma suposta vivissecção (operação feita em animal vivo para estudo da fisiologia) de gatos publicadas no Facebook tiveram grande repercussão na internet e revoltaram entidades ligadas à proteção dos animais.
De acordo com a delegada Sabrina Deffente, da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, a investigação tem como objetivo apurar se houve maus-tratos aos animais e se a instituição tem licença para praticar esse tipo de experiência. Direção, professores e alunos devem ser chamados para prestar depoimento a partir de segunda-feira (22).
Nas imagens publicadas na rede social, estudantes do 3º ano do Ensino Médio aparecem segurando partes de gatos – como cabeças, patas e pele. Numa delas, uma aluna encara a cabeça de um gato. Há ainda fotos de gatos e aves com as vísceras expostas sobre as mesas do laboratório.
“As fotos são chocantes. O gato é um animal de estimação e ali haviam gatos abertos, com a cabeça cortada. Não sei a origem dos fatos e o objetivo das aulas. Por isso, determinei a abertura do inquérito para apurar”, declarou a delegada.
A denúncia partiu da mãe de uma aluna. Após ouvir o relato da filha sobre a aula, ocorrida na manhã de quinta-feira (18), ela viu as fotos no perfil do Facebook de outra estudante e decidiu registrar ocorrência na polícia no dia seguinte (19). Também entrou em contato com a presidente da Associação de Proteção aos Animais de Canoas (Aprocan), Eliane Tavares.
Revoltada, Eliane reproduziu as fotos na internet. Ela questiona a procedência dos animais e a forma como esse tipo de experiência foi conduzido na escola. Até as 19h30 deste domingo (21), as imagens já haviam sido compartilhadas por mais de 800 pessoas.
“Existe uma norma que regulamenta esse tipo de aula. Dentro dessas aulas, os animais usados para pesquisa precisam ser respeitados”, afirmou Eliane.
Em nota, o Colégio Lutarano Concórdia afirmou que experimento foi realizado com alunos do 3º ano do Ensino Médio, com idade superior a 16 anos, durante uma aula prática opcional de biologia. A instituição diz que foram usados animais mortos, vítimas de atropelamento, recolhidos na rua e armazenados em refrigeração.
“Dessa forma, (a escola) esclarece que não realiza experiências ou demonstrações com animais vivos em nenhuma de suas atividades, bem como não pratica vivissecção de animais, práticas essas contrárias aos valores morais e cristãos que são pilares da educação luterana”, diz trecho do texto.
O uso de animais para fins de ensino e pesquisa científica passou a ser permitido para instituições “de educação profissional técnica de nível médio da área biomédica” a partir da lei 11.794/2008, sancionada em outubro de 2008. Antes disso, esse tipo de procedimento era restritos aos estabelecimentos de Ensino Superior.
fonte:
obs:http://maustratosaosanimaisdenuncie.blogspot.com.br/
A onde chega a hipocrisia da humanidade
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