Unicórnio, também conhecido como licórnio ou licorne, é um animal mitológico que tem a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral. O nome "unicórnio" deriva do latino unicornis: do prefixo uni- e do substantivo cornu, "um só chifre". Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas são seres dóceis; porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.
Acredita-se que o Elasmotherium deu origem ao mito moderno do Unicórnio, como descrito por testemunhas na China e Pérsia.
Apesar de provavelmente ter sido extinto na pré-história, de acordo com a enciclopédia sueca Nordisk familjebok, publicada de 1876 a 1957, e com o cientista Willy Ley, o animal pode ter sobrevivido o suficiente para ser lembrado em mitos do povo russo como um touro com um único chifre na testa.
Ahmad ibn Fadlan, viajante muçulmano cujos escritos são considerados uma fonte confiável, diz ter passado por locais onde homens caçavam o animal. Fadlan, inclusive, afirma ter visto potes feitos com chifres do unicórnio.
Em 1663, perto de uma caverna na Alemanha, foi encontrado o esqueleto de um animal que, especulava-se, seria um unicórnio. As ossadas encontradas na Alemanha eram possivelmente de Mamute com outros animais, montados por humanos de forma equivocada.
A caveira estava intacta e com um chifre único no meio, preso com firmeza. Cerca de 100 anos depois, uma ossada semelhante foi encontrada perto da mesma caverna. Os dois esqueletos foram analisados por Gottfried Leibniz, sábio da época e grande cientista (ao nível de Sir Isaac Newton), que declarou que (a partir das evidências encontradas) passara a acreditar na existência de unicórnios.
As presas de narvais capturados nas águas do Ártico circulavam por toda a Europa medieval como prova da existência de unicórnios. Tais presas seriam dotadas de poderes mágicos e curativos.
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Os primeiros registros
egundo o site Today I Found Out, a primeira figura de unicórnio de que se tem notícia foi encontrada nas cavernas Lascaux, na França, e teria sido pintada em 15 mil a.C. Contudo, apesar de a criatura desenhada contar com dois chifres — e provavelmente representar um antílope ou touro —, na época em que foi achada os descobridores pensaram que o animal retratado tinha um chifre só.
Com respeito aos registros escritos, o primeiro data do século 4 a.C., e aparece em um texto de autoria de um médico e historiador grego chamado Ctésias. Durante suas viagens pela Pérsia, Ctésias teria ouvido contos sobre um poderoso animal selvagem tão grande quanto um cavalo que teria o corpo todo branco e a cabeça vermelha, além de contar com olhos azuis e um único chifre multicolorido.
Criaturas misteriosas
Outros relatos famosos são os de Marco Polo — que descreveu os unicórnios como “brutos e feios” — e Genghis Khan, que teria se recusado a invadir a Índia depois de se deparar com uma dessas criaturas. Contudo, segundo os historiadores, os animais que essas pessoas viram provavelmente nada mais eram do que rinocerontes. Conforme explicaram, na hora de descrever as “bestas” nos países de origem, os viajantes se baseavam nos familiares cavalos.
Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia
Os unicórnios também são descritos na bíblia (pelo menos na versão do Rei Jaime da Inglaterra), embora se acredite que a menção seja um caso de erro de tradução. Quando o Velho Testamento foi traduzido do hebraico para o grego, apesar de não existirem referências a unicórnios na Torá — a bíblia judaica —, há alusões a um animal (extinto ou quem sabe o órix-da-arábia) que normalmente era desenhado de perfil, aparecendo com os chifres sobrepostos.
Em grego, essas criaturas foram descritas como “monokeros”, e a palavra foi traduzida para o latim como “unicornos”. Assim, graças a uma interpretação equivocada de um desenho antigo, um animal de carne e osso acabou se transformando em uma criatura mitológica. Por último, ainda existe mais uma possível origem para a lenda sobre a existência dos unicórnios! Ela estaria relacionada a um mamífero marinho chamado narval.
Evolução aquática
Fonte da imagem: Reprodução/Save the Narwhals
Os narvais são “parentes” das baleias e golfinhos, habitantes as águas geladas do Ártico canadense e da Groelândia. Eles contam com um grande dente — e não um chifre — de marfim na cabeça e, para os que acreditam que os unicórnios existiram um dia (como os norte-coreanos), uma possibilidade é a de que os narvais tenham sido criaturas terrestres que, ao se sentirem ameaçadas pelos humanos, evoluíram para sobreviver no mar.
No entanto, geneticamente falando, os narvais são muito mais próximos das belugas e dos botos do que dos cavalos, o que invalida a teoria “evolutiva”. Portanto, respondendo à pergunta do título desta matéria — sobre se os unicórnios existiram algum dia —, todas as evidências disponíveis parecem dizer que não.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Unic%C3%B3rnio
https://www.megacurioso.com.br/misterios/40713-e-possivel-que-os-unicornios-tenham-existido-algum-dia-.htm